Aprendizagem significativa: o que é e qual a importância na escola?

Nesse sentido, torna-se evidente que uma prática pedagógica que negligencie a dimensão socioemocional compromete não apenas a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem, mas também o desenvolvimento integral dos estudantes e sua preparação para uma vida social, profissional e emocionalmente saudável. Portanto, reconhecer os desafios não significa naturalizá-los ou aceitá-los como imutáveis, mas compreendê-los como pontos de partida para a construção de novas possibilidades. A efetiva integração da afetividade e do desenvolvimento das habilidades socioemocionais na prática pedagógica exige compromisso ético, responsabilidade social e uma profunda ressignificação dos processos educativos. Em resumo, a aprendizagem significativa busca promover um processo de aprendizagem mais profundo e duradouro, por meio da construção de significados e da conexão entre os novos conhecimentos e os conhecimentos prévios do aluno. Para que isso ocorra, é necessário que os conteúdos sejam relevantes e contextualizados, que o aluno seja um agente ativo no processo de aprendizagem e que haja interação social. O papel do professor é fundamental, sendo necessário adotar uma postura facilitadora e utilizar estratégias que estimulem a reflexão, a resolução de problemas e a aplicação prática dos conhecimentos.

A análise desenvolvida ao longo deste artigo evidencia, de forma inequívoca, que a afetividade e o desenvolvimento das habilidades socioemocionais não são elementos acessórios na prática pedagógica, mas, sim, fundamentos estruturantes para a construção de uma aprendizagem significativa, humanizadora e transformadora. Mais do que uma exigência teórica, trata-se de uma necessidade concreta, capaz de responder aos desafios complexos impostos pelo cenário educacional contemporâneo e pela sociedade do século XXI. Ao conectar os conteúdos à vida dos alunos, a aprendizagem significativa estabelece uma ponte entre teoria e prática.

Atividades Produção de Texto:

Bisquerra reforça que esse processo só é possível quando a educação emocional é conduzida de forma intencional, sistemática e transversal, permeando todas as dimensões da prática pedagógica. Assim, este artigo tem como objetivo discutir, de forma teórico-reflexiva, os fundamentos da afetividade e do desenvolvimento das habilidades socioemocionais no contexto escolar contemporâneo, analisando como essas dimensões impactam a construção de uma aprendizagem significativa. Para isso, serão apresentados os fundamentos teóricos que sustentam essa discussão, os desafios encontrados na efetiva implementação dessas práticas e, sobretudo, as possibilidades que se abrem comprar diploma para uma prática pedagógica que seja, simultaneamente, significativa, humanizadora e transformadora. A aprendizagem significativa desempenha um papel crucial em transformar o processo educacional em uma experiência impactante e duradoura.

Essa compreensão dialoga diretamente com os estudos de Henri Wallon (2007), que aprofunda esse entendimento ao afirmar que a afetividade não apenas acompanha o desenvolvimento cognitivo, mas também o estrutura desde os primeiros anos de vida. Para o autor, a emoção tem um papel organizador e regulador do desenvolvimento infantil, funcionando como eixo central das experiências que o sujeito estabelece com o mundo. Wallon, ao enfatizar que a afetividade antecede e sustenta a formação da razão, reforça que a mediação pedagógica, para ser efetiva, precisa considerar a dimensão emocional como condição indispensável para que a aprendizagem ocorra. Essa concepção, inicialmente fortalecida na literatura acadêmica, hoje se consolida nas diretrizes das políticas educacionais nacionais e internacionais.

Contextualizar o conteúdo:

Aprendizagem Significativa e Transformadora

A Aprendizagem Baseada em Problemas ou em Projetos só é efetiva se os alunos puderem ancorar a investigação em uma base conceitual sólida, sob o risco de se tornarem atividades meramente operacionais e superficiais. A teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel consolida-se não como um modelo datado, mas como um pilar teórico perene para se pensar uma educação profundamente humana e eficaz. Sua centralidade no conhecimento prévio do aluno funciona como um antídoto contra práticas pedagógicas alienantes e desenraizadas da realidade do discente, promovendo uma visão de aprendizagem como um processo dinâmico de construção e reconstrução de redes de significado.

Este artigo discute a centralidade da afetividade e do desenvolvimento das habilidades socioemocionais na promoção de uma aprendizagem significativa no contexto escolar contemporâneo. Fundamentado em uma abordagem teórico-reflexiva, o texto articula contribuições da Psicologia do Desenvolvimento, da Neurociência, da Pedagogia e de documentos normativos, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A análise evidencia que a afetividade é um eixo estruturante da mediação pedagógica, enquanto as competências socioemocionais se configuram como elementos essenciais para o desenvolvimento integral dos estudantes. Os dados e as pesquisas analisadas confirmam que a integração dessas dimensões favorece não apenas a construção do conhecimento, mas também a formação de sujeitos mais empáticos, resilientes e socialmente responsáveis. Reconhecem-se, contudo, os desafios impostos por modelos escolares tradicionais, por limitações estruturais e pela necessidade urgente de formação docente voltada para essas competências.

Personalização da aprendizagem

Diferente da aprendizagem mecânica, baseada na memorização, essa abordagem enfatiza a importância do conhecimento prévio e do papel ativo do aluno no processo de assimilação. O artigo examina os fundamentos da teoria, detalha sua estrutura cognitiva hierárquica e os tipos de aprendizagem (representacional, conceitual e proposicional), além de discutir as condições necessárias para sua efetividade – material potencialmente significativo e uma atitude favorável do aprendiz. Por fim, explora as profundas implicações pedagógicas da teoria, demonstrando sua relevância para práticas educacionais contemporâneas, como a utilização de organizadores prévios, metodologias ativas e um planejamento de ensino que priorize a contextualização e a progressão hierárquica dos conceitos. Como prática de ensino-aprendizagem, significa a produção de conhecimentos no cotidiano das instituições de saúde, a partir da realidade vivida pelos atores envolvidos, tendo os problemas enfrentados no dia a dia do trabalho e as experiências desses atores como base de interrogação e mudança. É contrária ao ensino-aprendizagem mecânico, quando os conhecimentos são considerados em si, sem a necessária conexão com o cotidiano, e os alunos se tornam meros escutadores e absorvedores do conhecimento do outro. Ao mesmo tempo, a discussão sobre o desenvolvimento das competências socioemocionais, sustentada por Goleman (1995), Brackett (2019), Barrett (2017) e Bisquerra (2009), aponta que a promoção dessas competências no ambiente escolar não é uma escolha metodológica, mas um compromisso ético, social e formativo.

Nesse cenário, a teoria da aprendizagem significativa, desenvolvida pelo psicólogo norte-americano David Paul Ausubel na década de 1960, emerge como uma revolução copernicana no campo. Ausubel desloca o foco do ensino para a aprendizagem, colocando a estrutura cognitiva prévia do aprendiz como elemento central do processo. Sua proposta afirma que novos conhecimentos só são efetivamente assimilados quando encontram “âncoras” ou pontos de conexão (os subsunçores) na rede de conceitos que o aluno já possui. Essa perspectiva não apenas rompeu com a visão mecanicista, mas também pavimentou o caminho para uma pedagogia construtivista e centrada no discente. Através do diálogo e da troca de ideias com os colegas e com o professor, o aluno é estimulado a construir significados de forma colaborativa. A interação social também permite que o aluno compartilhe suas experiências e conhecimentos prévios, enriquecendo o processo de aprendizagem.

Outra estratégia que pode ser utilizada é a utilização de recursos multimídia, como vídeos, imagens e jogos educativos. Esses recursos podem ajudar a tornar os conteúdos mais atrativos e acessíveis, facilitando a compreensão e a assimilação dos mesmos. Além disso, a utilização de recursos multimídia também permite que o aluno explore diferentes formas de representação e expressão, estimulando a criatividade e a diversidade de pensamento.

Uma condição indispensável para que um aluno, trabalhador da saúde, gestor ou usuário do sistema de saúde mude ou incorpore novos elementos à sua prática e aos seus conceitos é o desconforto com a realidade, naquilo que ela deixa a desejar em termos de integralidade e de implicação com os usuários. A necessidade de mudança, transformação ou crescimento surge da percepção de que a maneira vigente de fazer ou de pensar alguma coisa está insatisfatória ou insuficiente para dar conta dos desafios do trabalho em saúde.

Contudo, o avanço das pesquisas nas áreas da Psicologia da Educação, da Neurociência e da Pedagogia demonstrou, de forma contundente, que essa separação é artificial e não se sustenta frente às evidências produzidas pelas ciências humanas e sociais. Por último, o feedback contínuo e personalizado ajuda os alunos a entenderem seus pontos fortes e áreas para melhoria, permitindo o desenvolvimento constante. Mezirow sugere que a aprendizagem transformadora muitas vezes começa com um choque cognitivo, um momento de desconforto que desafia as estruturas mentais existentes. A Aprendizagem Transformadora envolve uma mudança fundamental na forma como os aprendizes percebem, interpretam e compreendem o mundo ao seu redor. Glasser (2001), argumenta que quando o aluno estuda apenas para cumprir uma tarefa imediata, o conhecimento tende a ser rapidamente esquecido. Por outro lado, quando se assume um papel ativo – como ao ensinar um colega – o aprendizado tende a se consolidar de forma mais permanente.

Segundo o autor, a aprendizagem ocorre de maneira mais efetiva quando o estudante se sente acolhido, respeitado e valorizado em sua singularidade. Para Rogers, um ambiente de segurança emocional não apenas favorece a aquisição de novos conhecimentos, mas também promove o desenvolvimento de sujeitos mais autônomos, criativos, reflexivos e socialmente engajados. Esses casos mostram que, quando executada de forma eficaz, a aprendizagem significativa não apenas melhora a retenção do conteúdo, mas também desperta o interesse dos alunos, tornando o processo de ensino mais engajador e relevante para o mundo real. No Ceará, os educadores estão utilizando tecnologias digitais para transformar a sala de aula tradicional em um ambiente de aprendizagem ativa. Aplicativos e plataformas de e-learning são integrados ao currículo escolar, facilitando uma maior interação entre alunos e professores.

Essa abordagem avaliativa, marcada por sua rigidez e uniformidade, refletia uma visão bancária da educação, na qual o conhecimento era “depositado” no aluno, sem espaço para questionamentos ou construção ativa de significados. Ao longo do tempo, contudo, as concepções de avaliação passaram por significativas transformações, deslocando-se de um modelo punitivo e classificatório para uma perspectiva mais formativa e processual, alinhada aos princípios de uma aprendizagem significativa e crítica. Em um mundo cada vez mais conectado, o uso da tecnologia desempenha um papel crucial no fortalecimento da aprendizagem significativa. A integração de ferramentas digitais amplia as possibilidades de engajamento dos alunos, permitindo a exploração de conteúdos de maneira contextualizada e prática.

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